“Resta qui, figlia mia, abbiamo appena fatto il gelato di maracujà”. Nel giardino di casa Amado, quartiere Rio Vermelho, Salvador da Bahia, gridavano le cicale e noi tuffavamo i cucchiaini nelle coppe profumate. Il giardino, con l’Exù in ferro a far da guardiano, era cosa viva e stringeva la casa in un abbraccio di foglie e liane, a segnare l’umano abitare la placca con la scritta Piazza Zelia Gattai, e soprattutto Lei, Donna Zelia affacciata ala finestra insieme ai cuscini del letto nuziale. Figlia di anarchici veneti, scrittrice, militante, l’amore di Jorge Amado era timone e faro della coppia che si teneva per mano. Un modello nella manutenzione dell’amore. “Avrebbe compiuto 107 anni il due luglio, in una vita che non finisce mai” come scrive la figlia Paloma Amado su FB nella sua “Crônica de Domingo, 2 de julho de 2023”. Io mi esponevo all’irradiazione del loro amore e chiedevo il segreto del loro sodalizio. Rispondeva: “Anche l’amore più grande necessita di cure: per sopravvivere ha bisogno di essere coltivato!”.
Questa foto che scattai nel primo giorno a Casa Amado fu pubblicata dalla rivista Atlante della De Agostini nel 1990 all’interno del mio reportage “Nostra Signora del Brasile” (C.) Patrizia Giancotti
“Fique aqui minha filha, acabamos de fazer o sorvete de maracujá”. No jardim da casa do Amado, bairro do Rio Vermelho, Salvador da Bahia, as cigarras gritavam e nós mergulhávamos nossas colheres na copa cheirosa. O jardim, com o Exu de ferro como guardião, era coisa viva e envolvia a casa num abraço de folhas e cipós, a placa marcava o lugar onde moravam seres humanos com a inscrição Praça Zélia Gattai, ela debruçando da janela, nessa foto que tirei no primeiro dia que eu a conheci. Filha de anarquistas italianos, escritora, militante, o amor de Jorge Amado foi o leme e o farol do casal de mãos dadas. Um modelo na manutenção do amor. “Ele faria 107 anos no dia 2 de julho, numa vida que nunca se acaba”, como escreve sua filha Paloma Amado no FB em sua “Crônica de Domingo, 2 de julho de 2023”. Expus-me à irradiação deste amor e perguntei o segredo de sua parceria, ele respondeu: “Até o maior amor necessita de cuidados: para sobreviver precisa ser cultivado!”. Esta foto que tirei no primeiro dia na Casa Amado foi publicada na revista Atlante da editora De Agostini, junto com a minha reportagem “Nossa Senhora do Brasil” em 1990 (C.) Patrizia Giancotti.